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GUIAR(TE) - Guia de Apoio para a Vida Autónoma

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IvoneFlorêncioJoãoPedroGaspar

coord. Ivone Florêncio e João Pedro Gaspar

ed. EAPN Portugal, 2021

Esta publicação surgiu do desafio lançado aos participantes de uma das ações de formação promovidas pelo NDB em 2021 sob o tema “Como promover um acolhimento reparador nas crianças e jovens em risco”, cujo formador contratado foi o Dr. João Pedro Gaspar da Plataforma PAJE.

As Casas de Acolhimento, por muito e bom trabalho de capacitação e de autonomização que realizem com estes jovens, finda a medida de promoção e proteção aos 18 anos por livre vontade do jovem ou aos 25 anos na eventualidade de andarem a estudar ou numa procura ativa de emprego, são “largados” na sociedade sozinhos, desamparados, deixando muitos deles de ser filhos do Estado e não serem filhos de ninguém.

Estes jovens enfrentam prematura e precocemente a responsabilidade de se tornarem autossuficientes, sem uma base de segurança e estabilidade.  Na ausência de respostas de acompanhamento e integração e na maioria dos casos, de uma retaguarda familiar capaz de se constituir como uma rede de segurança e apoio, espera-se/ exige-se que estes jovens autonomamente consigam lidar com os desafios de uma vida autónoma, se consigam inserir social e profissionalmente e promovam o seu desenvolvimento sozinhos.

Na impossibilidade de o fazerem e conseguirem, muitos destes jovens são arrastados para a situação de pobreza, de exclusão social e muitos até enveredam pelo mundo da delinquência.

Sendo a EAPN uma Organização Não Governamental (ONG) em que tem como missão contribuir para a construção de uma sociedade mais justa e solidária, em que todos/as sejam corresponsáveis na garantia do acesso dos/as cidadãos/ãs a uma vida digna, baseada no respeito pelos Direitos Humanos e no exercício pleno de uma cidadania informada, participada e inclusiva, tendo como um dos eixos de intervenção a capacitação dos agentes socio institucionais e das pessoas em situação de vulnerabilidade, bem como impulsionar ações de intervenção nas necessidades identificadas com públicos vulneráveis no sentido de lhes proporcionar o acesso aos direitos humanos e uma vida com maior dignidade, lançou o desafio de se construir um produto de capacitação, autonomização o orientação destes jovens no pós- acolhimento.

Estamos certos de que será um recurso facilitador para os técnicos trabalharem a autonomização dos jovens, mas sobretudo que será um instrumento promotor da autonomia e facilitador no seu processo de inclusão e inserção social.