A discriminação persistente na educação e no mercado de trabalho, o acesso precário aos serviços de saúde e a segregação residencial combinam-se para tornar as comunidades ciganas perigosamente vulneráveis na atual pandemia e na próxima crise económica que se antevê. De acordo com o recém-publicado relatório síntese do Roma Civil Monitor (onde a EAPN também se faz representar) , os membros mais ameaçados da maior minoria étnica da Europa são os nacionais de países terceiros e os ciganos que exercem seu direito à livre circulação na UE.
O relatório de síntese resume as conclusões relativas às quatro principais áreas de inclusão dos ciganos em 27 relatórios de países produzidos por mais de 90 organizações não-governamentais e especialistas individuais que participam do projeto-piloto do Roma Civil Monitor. As sinopses dos relatórios por país também estão disponíveis na forma de fichas temáticas e fichas de países .
Melhorias no acesso à educação não levaram à equidade nos resultados, de acordo com o relatório publicado ontem pela Comissão Europeia e pelo Centro de Estudos Políticos. da Universidade da Europa Central (CPS / CEU). Apesar do aumento do acesso à primeira infância e do ensino fundamental e da adopção do ensino superior em alguns países, em geral a qualidade da educação oferecida permanece um problema e os resultados permanecem longe de serem equitativos. As deficiências nos sistemas educacionais, combinadas com o não tratamento da discriminação por parte dos empregadores, levaram a uma exclusão generalizada do mercado de trabalho. Isso torna os ciganos, que já estavam em uma situação precária, ainda mais vulneráveis e mal preparados para lidar com a próxima crise económica que atingirá fortemente a Europa. Uma das consequências da segregação residencial é a falta de acesso a serviços públicos de qualidade, em particular os serviços de saúde, e as ramificações completas disso estão se tornando aparentes.
Aceda ao documento na íntegra no ficheiro em anexo.
