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Em 2017 houve um aumento de rendimentos da população residente em Portugal, com repercussão nos diferentes quintis de rendimento, e levando a que o rendimento mediano registado tenha sido o mais elevado desde o início da aplicação deste inquérito. No entanto, Portugal permanece entre os países da União Europeia com rendimentos medianos mais baixos. Segundo os dados referentes a 2016, era necessário estar entre os 40% mais ricos da população portuguesa para ter um rendimento superior ao rendimento dos 20% mais pobres da União Europeia.

Os dados indicam também uma redução das desigualdades de rendimento no último ano que se verifica nos três indicadores de desigualdade analisados no ICOR / EU-SILC (S90/S10, S80/S20 e Coeficiente de Gini), e apontando para os níveis de desigualdade mais baixos desde 1994. No entanto, a desigualdade continua a ser elevada em Portugal. Cerca de 40% do rendimento equivalente nacional concentrava-se em 20% da população mais rica, enquanto que 20% da população mais pobre tinha apenas cerca de 8% do rendimento equivalente nacional, ou seja, o rendimento de 20% da população mais pobre é 5.2 vezes inferior ao rendimento de 20% mais rica (S80/S20). Se compararmos o rendimento de 10% mais pobre e 10% mais rica este valor sobe para 8.7. Assim, no contexto da União Europeia, Portugal apresenta-se no grupo dos países mais desiguais. Num grupo de 23 Estados-membros para os quais existem dados disponíveis à data de fecho deste relatório, Portugal é o 5º país com maior concentração de rendimento equivalente nacional entre os 20% mais ricos e o 8º país com valores mais elevados no indicador S20/S80 e no Coeficiente de Gini.

Com um aumento do rendimento disponível equivalente e uma redução dos níveis de desigualdade, Portugal apresenta uma redução importante da pobreza ou exclusão social que baixou de 23.3% em 2017 para 21.6% em 2018. Tal redução da taxa de risco de pobreza ou exclusão social reflete a evolução que ocorreu em três dimensões: a incidência do risco de pobreza monetária foi de 17.3% em 2017 (-1 pp do que em 2016); a intensidade laboral muito reduzida foi de 7.2% em 2017 (-0.8 pp face à 2016); a privação material severa atingiu 6% da população em 2018 (menos 0.9 pp do que em 2017). Esta evolução claramente positiva para o combate à pobreza em Portugal não parece alterar significativamente a posição de Portugal no contexto da União Europeia que permanece com uma taxa de risco de pobreza e uma taxa de privação material severa acima da média estimada para a UE (16.9% e 5.8% respetivamente). Fica abaixo da média europeia na proporção de pessoas que vivem em agregados com intensidade laboral muito reduzida (9%), tal como tem vindo a ocorrer desde 2015.  Relativamente ao risco de pobreza ou exclusão social, Portugal posiciona-se em 2018 abaixo da média da União Europeia, no entanto, a diferença é de apenas 0.1 pp. 

Aceda ao documento na íntegra no ficheiro associado.

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